sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Fonoaudiólogos devem atuar também nas escolas


Noticia Divulgada no JORNAL DO COMERCIO Fonoaudiólogos devem atuar em escolas

Profissionais são fundamentais para identificar precocemente problemas de aprendizagem e de desenvolvimento

BRASÍLIA

“Se a identificação precoce de distúrbios da comunicação fosse uma realidade nas escolas, metade dos problemas estariam resolvidos”, diz Irene Marchesan

Júlio Gomes/+iMAGEM! (Divulgação)

A importância do fonoaudiólogo nas escolas tem chamado atenção de especialistas envolvidos com a educação. Por um simples motivo: a comunicação humana é um elemento indispensável para o bom desenvolvimento e aprendizado. Em Brasília, onde acontece até o sábado (3/11) o 20º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, profissionais de várias áreas debatem sobre o assunto vinculado à fonoaudiologia educacional – responsável pelo processo ensino-aprendizagem, com o intuito de promover o desenvolvimento das potencialidades dos estudantes.
“Neste evento, batalhamos para alcancar dois objetivos: ter fonoaudiólogos nas escolas, como nos Estados Unidos, e fazer com que eles tenham presença ativa na rede pública de saúde”, diz a fonoaudióloga Irene Marchesan, presidente do congresso. Ela diz que a categoria tem lutado para esse desejo se torne lei.
“Não queremos, no contexto escolar, que o fonoaudiólogo ofereça terapias para os alunos. A função dele, nesse cenário, é identificar precocemente possíveis problemas de aprendizagem e de desenvolvimento”, complementa a presidente do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Bianca Arruda Manchester de Queiroga. “Dessa maneira, essas crianças recebem encaminhamento para outro fonoaudiólogo, em um ambiente extraescolar.”
A ideia, então, é fazer com que professores, psicopedagogos e fonoaudiólgos trabalhem em conjunto para detectar distúrbios que estão diretamente ligados ao grau de dificuldades que a criança apresenta. Atrasos no aparecimento da linguagem falada, como também dificuldades para adquirir vocabulário, dialogar, acompanhar as atividades típicas da idade, relacionar-se e brincar são alguns dos transtornos que os fonoaudiólogos estão capacitados para reconhecer.
“Se a identificação desses problemas fosse uma realidade nas escolas, metade dos problemas relacionados aos distúrbios da comunicação estaria resolvida, pois os alunos receberiam diagnóstico o mais cedo possível para serem devidamente atendidos em suas necessidades educacionais”, frisa Irene Marchesan.
Para essa lacuna ser resolvida, segundo a presidente do congresso, é importante que as autoridades políticas se sensibilizem. “Não foi à toa que trouxemos o maior evento da nossa categoria para Brasília. Está em discussão, por exemplo, criação de projetos de lei com o objetivo de implementar a obrigatoriedade do fonoaudiólgo nas escolas”, conclui Irene.

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